Foi Roger Caillois que, um dia, comparou o excesso de reflexividade da filosofia como é praticada na maioria das vezes enrolada em si mesma na defesa do mamute : sintoma de fim de percurso, da falta de um verdadeiro campo de forças. É frequentemente a impressão que se pode ter quando se lê o monte de textos filosóficos, e é sem dúvida por esta razão que, nos últimos tempos, tantos aprendizes filósofos se dirigiram para a etnologia, a sociologia, ou mesmo para a intervenção médiática. Mas, dentro do trabalho filosófico propriamente dito, houve, a partir do final do século XIX e ao longo do século XX, deslocamentos, mudanças de lugar, transformações topológicas que são mais fundamentais e interessantes.